quinta-feira, 30 de outubro de 2014

A IGREJA CELTA "A SAIDA" 457


A IGREJA CELTA E O PAPADO. 
Revisado 19/06/2021

No ano 597 dC.
O papa Gregório busca fazer a evangelização na Inglaterra. Mas encontra uma igreja organizada , em verdade 365 igrejas . A Grã-Bretanha era um baluarte de cristianismo verdadeiro. Durante séculos, começando no tempo do apostolo Paulo.


No ano 597 um monge católico, Agostinho, foi enviado a Grã-Bretanha. 
Pelas ordens do "papa“ ( Gregório I ) para converter os Anglicanos, mas achou um cristianismo já funcionando Muito bem. Contudo após 457 anos deste encontro ouve a Cisão da igreja Ortodoxa, pois o patriarca de Constantinopla rejeitou a supremacia de Roma. Durante a era cristã o povo romano dominava quase todo o mundo antigo conhecido. E nesse processo de conquista, as legiões romanas chegaram até a Inglaterra que na época passou-se a chamar Bretanha, como província romana. Esta conquista se deu num processo demorado porque os celtas britânicos não aceitaram  com facilidade esta dominação. 
Esses celtas era um povo sensível e místico, e praticavam sua própria religião adorando a natureza e, principalmente, a Mãe Terra. Com o tempo os celtas foram se romanizando. Os legionários, mercadores, soldados e administradores levaram à colônia suas leis, costumes e religião. Entre eles havia provavelmente aqueles que tinham abraçado a fé cristã e oravam secretamente a Deus, enquanto os seus companheiros prestavam honras ao império, ao imperador e aos deuses das religiões de mistério. Estamos aqui no terreno das conjecturas. 
A história não deixou documentos que pudessem provar a veracidade dos fatos. Por isso, nos lugares marcados pelo silêncio da história, encontramos lendas e tradições que falam de viagens missionárias que teriam sido feitas àquela ilha pelos apóstolos Paulo e Filipe e por José de Arimatéia. A primeira referência histórica sobre a existência de cristãos na Grã-Bretanha foi registrada por Tertuliano que, em 208 a.d, fala de regiões da ilha que haviam se convertido ao cristianismo. Pouco se sabe sobre esses cristãos durante o segundo século. 
No século III há uma clara evidência das comunidades cristãs em meio aos celtas embora não fossem grandes, nem fortes. Essa igreja era chamada de Igreja Celta, muito mais próxima das igrejas orientais (ortodoxas) do que com a igreja ocidental (romana). Esta evidência é clara pois no Concílio de Arles 314 a.d., no sul da França, três bispos ingleses participaram, este fato mostra que já havia uma igreja organizada na grande ilha. Também participaram bispos ingleses nos Concílios de Nicéia 325 a.d. e de Ariminium 359 a.d. 
Durante o século IV assume o trono romano um general famoso chamado Constantino. Este divide seu trono com seu colega Licínio e publicam o famoso Edito de Milão 313 a.d., dando liberdade religiosa e acabando com as perseguições aos cristãos. 
Assim pouco a pouco a Igreja inglesa foi se organizando. Supõe-se que a maioria de seus membros era formada pelos celtas semi-romanizados, desprovidos de recursos. Por volta do século V a província romana viu desaparecer de seu território as legiões de soldados romanos, o que facilitou a invasão dos bárbaros. Estes bárbaros, principalmente de origem anglo-saxônica, conquistaram os celtas britânicos. A antiga civilização romana desapareceu naquele lugar e com ela o cristianismo inicial. Em seu lugar os bárbaros impuseram uma nova forma de sociedade, civilização e cultura, mais rude e sem os requintes da vida romana, sendo que destruíram as igrejas e reduziram a prática da fé cristã durante quase 150 anos.
Os sobreviventes que não quiseram se submeter à dominação fugiram em direção ao oeste e se estabeleceram nas montanhas de Gales ou entre os picos da Cornualha. No século VI o trono papal foi ocupado por um homem chamado Gregório I ou Magno que tinha como preocupação a vocação missionária. No livro II do Venerável Beda, "Uma História da Igreja e do Povo Inglês", escrito em torno do ano de 850, é relatado que Gregório, antes de se tornar Papa, viu umas crianças loiras a venda no mercado de Roma. 

Quando contaram para ele que eram da Grã Bretanha, de uma raça chamada "anglos", Gregório teria dito: "non angli, sed angeli", que significa, "não anglos, mas anjos" (uma paródia moderna traduziu as palavras de Gregório como "não anjos, mas anglicanos"). Logo depois que ele se tornou Papa enviou missionários para evangelizar a terra dessas crianças. 
Assim o papa Gregório Magno enviou o primeiro núncio à Inglaterra em 597 a.d, com o propósito de cristianizar aquele povo. 
O monge tão famoso era Santo Agostinho* que comandando um grupo de monges chega a, então, poderosa cidade de Kent e lá funda uma Igreja em Cantuária, no litoral de Kent. Mas Agostinho encontra ali uma Igreja que os historiadores descreveram como biblicamente ortodoxa e vibrante no evangelismo. 
 O papa nomeia Agostinho autoridade eclesiástica suprema na Inglaterra dando início à longa cadeia de Arcebispos de Cantuária. O trabalho de Agostinho não foi tão fácil, pois lá já estavam alguns monges irlandeses e escoceses que havia recristianizado o norte da Inglaterra (Nortúmbria). O problema, porém, é que já existiam cristãos na Grã Bretanha (a Igreja Celta), e estavam lá provavelmente desde o Século II. Mesmo que os Saxões tenham destruído muito a herança Céltica da Grã Bretanha, a antiga Igreja Celta sobreviveu em alguns lugares e, naturalmente, tendo se desenvolvido no seu isolamento, tinha algumas pequenas diferenças do cristianismo Continental. Por exemplo, a Igreja Celta tinha simplesmente evitado as heresias cristológicas dos séculos IV e V, que foram sedimentadas no Concílios de Nicéia, Éfeso e Calcedônia. 
Assim de um lado Roma e o papado, de outro os monges sob o comando de Iona que desconfiavam muito desses cristãos estrangeiros que se dava muito bem com os invasores e falavam em um papado do qual sabia muito pouco. Em 603, Agostinho chamou representantes da Igreja Celta numa tentativa de convencê-los a se submeter as práticas e disciplinas romanas, mas eles recusaram. Santo Agostinho morreu em 605, mas a questão das diferenças entre a Igreja Britânica e a Igreja Romana continuou sendo motivo de controvérsias. A obra missionária iniciada por Agostinho foi consolidada por uma segunda missão romana liderada por Teodoro de Tarso. 


O principal ponto de discórdia era a data da Páscoa, pois a Igreja Celta seguia uma tradição bem mais antiga do que a Igreja de Roma (tradição joanina). Havia questões menores, como a forma da tonsura monástica, a área raspada da cabeça do monge. Finalmente, em 664 a.d, Sínodo de Whitby, em Whitby, na Northumbria, a questão foi resolvida em Concílio, por votação e através de decreto do rei Oswy, que decidiu em favor das práticas e costumes romanos, sendo a Igreja Celta obrigada a se submeter a Roma. Mas algumas Igrejas Celtas permaneceram independente por muitos anos na Weles, Ireland e Scotland (as diferenças foram a administração de mosteiro e outras pequenas coisas como o data de Páscoa etc). Segundo o próprio rei afirmou, Pedro tinha as chaves do Reino de Deus, e o Papa era o sucessor de Pedro! 
Mesmo no século VII tivemos o problema da autoridade política resolvendo questões religiosas...Então, a presente alegação dos anglicanos de ser católicos sem ser romanos não é nova. No Concílio de Whitby encontramos um cristianismo britânico autêntico e aborígene, suprimido por aqueles que não conseguem distinguir entre Catolicismo e uniformidade eclesiástica. A Igreja Cristã na Inglaterra sempre reclamou a sua independência histórica, e mesmo que durante 850 anos a Inglaterra tenha sido nominalmente católica, ela sempre foi uma mancha para o papado.
O Grande Cisma foi o evento que causou a ruptura da Igreja Cristã, separando-a em duas: Igreja Católica Apostólica Romana e Igreja Católica Apostólica Ortodoxa, a partir do ano 1054, quando os líderes da Igreja de Constantinopla e da Igreja
 
"Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina, Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam? Ou quem encerrou o mar com portas, quando este rompeu e saiu da madre; Quando eu pus as nuvens por sua vestidura, e a escuridão por faixa? Quando eu lhe tracei limites, e lhe pus portas e ferrolhos, E disse: Até aqui virás, e não mais adiante, e aqui se parará o orgulho das tuas ondas? Ou desde os teus dias deste ordem à madrugada, ou mostraste à alva o seu lugar; 
"JÓ 38:04-12


Assim as medidas da história se repetem. E por qual motivo elas se repetem? 
As medidas intermediárias se repetem para nos mostrar que Deus não os homens estão no controle de tudo. Nem todas as coisas que ocorrem é da vontade de Deus, mas se estas ocorrem foi permitida no tempo que Ele permite
Eu e você não pode mudar os acontecimentos históricos permitidos por Deus, mas podemos escolher de que lado estaremos quando se cumprir. Assim fez Pilatos E Herodes ao se posicionar quanto ao julgamento de Cristo. Eles não poderiam impedir a morte do cordeiro de Deus pois o tempo havia chegado segundo Jesus afirmou, mas poderiam escolher de que lado estaria no ocasião.

Pense sobre isto.